A arte para expressar emoções "O bom artista nao deve representar somente o corpo, mas tembem a alma" - Socrates
Na antiguidade o filosofo Aristoteles ja dizia que a arte serve para expressar as emoções, a fim de possibilitar que o artista se liberte delas, mas por razões religiosas ou políticas, durante os anos artistas escolheram outros caminhos. Na idade media os artesões criavam imagens de acordo com regras ditadas pela igreja, não expressando nada a respeito de si mesmo, alem de sua habilidade e técnica. No renascimento, a religião perde terreno, Leonardo Da Vinci escreve: "O bom pintor tem, essencialmente, duas coisas a representar: a personagem e seu estado de espírito." sugerindo então o retrato que prevaleceu no século XIX, mas este estilo de pintura deve ser parecido com o modelo, sendo assim impossível para o artista pintar o que lhe passa na cabeça ou no coração. No século XIX passagem para o século XX tudo se desestabiliza graças ao pai da psicanálise, Sigmund Freud que investiga a mente do ontem que abriga nossos sonhos, medos, desejos e emoções. Suas descobertas desafiam as ideias antigas e dão a arte nova direção, assim o artista se assume como sujeito e pinta o que sente. A imitação do mundo visível cede lugar a expressão dos sentimentos criando uma verdadeira revolução aos campos da arte, dando origem ao Impressionismo, Aristóteles foi finalmente ouvido.
Contexto Histórico
O Impacto da fotografia nas pinturas Quando o pintor Frances Dela Roche, conhecido por suas cenas trabalhosamente detalhadas, ouviu falar da primeira fotografia , declamou: "desde dia em diante, a pintura esta morta!" A arte de pintar retratos em miniaturas foi imediatamente condenada ao esquecimento. Outros artistas viam as fotografias como acessórios auxiliares. Delações usava como estudo para poses difíceis de manter, dizendo: "Deixe que um homem de gênio use o draguerreótico como deve ser usado e ele vai se alçar a uma altura que nós conhecemos." Logo muitos pintores viram a vantagem de usar as fotografias para pintar retratos em vez das sessões intermináveis de pose, considerando as fotografias modelos uteis para paisagens panorâmicas. Fotógrafos começaram a insistir que o oficio era mais que o negocio de abater retratos ou servir de base para pintura, portanto uma bela arte em si, Lamartine dizia: "mais que uma arte, é um fenômeno solar, em que o artista colabora com o sol". Assim havia nascido uma nova forma de arte para o mundo pós-revolução industrial.
Impressionismo
O Impressionismo é
um movimento artístico surgido na França no século XIX que criou uma nova visão
conceitual da natureza utilizando pinceladas soltas dando ênfase na luz e no
movimento. Geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor
pudesse capturar melhor as nuances da luz e da natureza.
A
arte alegre e vibrante dos impressionistas enche os olhos de cor e luz. A
presença dos contrastes, da natureza, transparências luminosas, claridade das
cores, sugestão de felicidade e de vida harmoniosa transparecem nas imagens
criadas pelos impressionistas.
Claude Monet
(1840-1926) fez parte do movimento impressionista na França, que teve início em
1874 com a primeira exposição do grupo no ateliê do fotógrafo Maurice Nadar. A
denominação Impressionismo foi dada a partir de uma declaração pejorativa do
crítico de arte francês Louis Leroy ao ver a tela de Monet Impression du Soleil Levant O grupo ficou conhecido por realizar
uma pintura ao ar livre, em frente ao motivo, numa nova concepção de pintura,
de celebração dos espaços do mundo e da luz.
Pintando diretamente sobre a tela branca, utilizando
somente cores puras justapostas, geralmente sem misturá-las, os impressionistas
buscavam obter a vibração da luz, o aspecto efêmero da vida, fugaz momento da
luz e da sensibilidade, ato de amor entre artista e mundo, despido de toda e
qualquer contingência exterior às suas motivações mais profundas. Os principais
representantes do grupo foram Monet, Manet, Renoir, Camile
Pissaro, Alfred Sisley, Vincent Van Gogh, Degas, Cézanne, Caillebotte, Mary Cassatt,
Boudin (professor de Monet), Morisot, dentre outros.
Autores desse período:
Claude Monet
Claude Monet (1840-1926) nasceu em Paris. Quando
tinha 5 anos, sua família mudou-se para Sainte-Adresse, perto do Havre, e ali o
futuro mestre começou a pintar. Ali houve muita influencia para iniciar a
prática, até então pouco comum, de realizar estudos da natureza ao ar livre.
Entre 1859 e 1860, o jovem pintor esteve em
Paris, onde se entusiasmou com a escola de Barbizon. Passou a trabalhar
na Academia Suíça, onde conheceu Camille Pissarro. Em 1862, Monet voltou a
Paris para estudar no ateliê do academicista Charles Gleyre, onde conheceu
Frédéric Bazille, Alfred Sisley e Renoir, de quem tornou-se amigo e formou o
grupo de impressionistas.
Em 1868, Monet entrou em dificuldades
financeiras, teve um quadro inscrito no Salão de Paris, "Navio deixando o cais de Le Havre", que recebeu uma crítica negativa.
Monet morreu em Giverny, em 5 de dezembro de 1926.
William Turner
Joseph
Mallord William Turner (23 de abril de 1775 - 19 de dezembro 1851) foi um
pintor de paisagens Inglês romântico, aquarelista e gravurista, cujo estilo
pode-se dizer que lançou as bases para o impressionismo. Criado em Londres
Turner viveu fascinado pela Tâmisa: agua e os barcos, juntamente com o jogo de
luzes que era o que mais fascinava e o inspirava. Aos seus 30 anos de idade
Turner era destaque na Academia Real Inglesa.
Uma de suas manias era de sair em campo abertos, em
qualquer tempo para captar as impressões passadas pela natureza, dando mais
ênfase em catástrofes e por uma tela mais dramática. Turner é fascinado por
paisagens que mostrem o mar e sal luz.
Edgar Hilaire Germain Degas (Paris, 19 de julho de
1834 — Paris, 27 de Setembro, 1917) foi um pintor, gravurista, escultor e
fotógrafo francês. É conhecido, sobretudo pela sua visão particular no mundo do
balé, sabendo captar os mais belos e súbteis cenários. É ainda reconhecido
pelos seus célebres pastéis e como um dos fundadores do impressionismo.
A arte impressionista é descrita frequentemente pelos
efeitos de luz ao ar livre. Estas características não são, no entanto,
aplicáveis a Degas: mesmo tendo sido um dos principais animadores das
exposições impressionistas, não se enquadra no movimento que, em nome da
liberdade de pintar, caracteriza o grupo. Ao ar livre ele prefere, e de longe,
"o que nós só vemos na nossa memória". Dirigindo-se a um pintor ele
diz: Para vós, é necessária a vida natural, para mim, a vida fictícia. Se Degas
faz, oficialmente, parte dos impressionistas, ele não se identifica com eles
nas características mais conhecidas.
Paul
Cézanne
Paul Cézanne (Aix-en-Provence, 19 de janeiro de 1839 —
22 de outubro de 1906) foi um pintor pós-impressionista francês, cujo trabalho
forneceu as bases da transição das concepções do fazer artístico do século XIX
para a arte radicalmente inovadora do século XX. Cézanne
pode ser considerado como a ponte entre o impressionismo do final do século XIX
e o cubismo do início do século XX. A frase atribuída a Matisse e a Picasso, de
que Cézanne "é o pai de todos nós", deve ser levada em conta.
Após uma fase inicial dedicada aos temas dramáticos e
grandiloquentes próprios da escola romântica, Paul Cézanne criou um estilo
próprio, influenciado por Delacroix. Introduziu nas suas obras distorções
formais e alterações de perspectiva em benefício da composição ou para ressaltar
o volume e peso dos objetos.
Auguste Rodin
Auguste Rodin (1840 - 1917),foi um escultor francês. Desde criança demonstrou grande interesse por esculturas. Aos 13 anos de idade, entrou para uma academia de arte para aprender os princípios básicos das artes plásticas. Em 1864, teve sua primeira obra “O homem de nariz quebrado” rejeitada pelo Salão de Paris. Os especialistas em arte do salão justificaram a rejeição afirmando que tratava-se de uma obra inacabada.
Em 1875, viajou para a Itália e teve contado direto com as obras, principalmente esculturas, dos artistas renascentistas Michelangelo e Donattello. Rodin é considerado pelos especialistas em artes plásticas um dos mais importantes escultores em bronze de todos os tempos.
Faleceu em 17 de novembro de 1917. Encontra-se sepultado no Musée Rodin, Meudon, Ilha de França, Paris na França.
Debussy
Inaugura uma nova maneira de perceber a música, comovendo-se com ela, um tipo
de comunicação musical sem os "ismos": classicismo, romantismo,
wagnerismo, impressionismo e simbolismo. Debussy detesta analises, para ele é
um inventário de receitas, além disso nos mostrou a fase oculta do mundo
sensível, que vai além das aparências e de seu impressionismo.
Georges- Pierre Seurat
Georges-Pierre Seurat (1859-1891) foi um pintor francês e pioneiro do movimento pontilhista,
também chamado divisionismo. A técnica do pontilhismo
utilizada por Seurat deu origem ao neo-impressionismo e foi extensivamente
utilizada na arte do século XX. Pode-se dizer que a teoria pontilhista foi
precursora da televisão e da imagem digital.
Tal
como Mondrian e Leonardo da Vinci, Seurat também recorreu à técnica da simetria
dinâmica usando rectângulos de ouro nas suas pinturas.
Seurat
morreu em Paris em 29 de março de 1891.
The Seine and la Grande Jatte - Springtime 1888
As
bestas selvagens
A cor era muito importante para um novo grupo de artistas, chamados de
fauves ou bestas selvagens, Henry Matisse, gostava das pinturas ousadas e
luminosas de Van Gogh e Gauguin, acreditava que se devia pintar do mesmo jeito
que uma criança, não se importando com as críticas.
Fovistas
Em
1905, em Paris, no Salão de Outono, alguns artistas foram chamados de fauves
(em português significa feras), em virtude da intensidade com que usavam as
cores puras, sem misturá-las ou matizá-las. Quem lhes deu este nome foi o
crítico Louis Vauxcelles, pois estavam expostas um conjunto de pinturas
modernas ao lado de uma estatueta renascentista.
Os princípios deste movimento artístico eram:
• Criar, em arte, não tem relação com o intelecto e nem com sentimentos.
• Criar é seguir os impulsos do instinto, as sensações primárias.
• A cor pura deve ser exaltada.
• As linhas e as cores devem nascer impulsivamente e traduzir as sensações elementares, no mesmo estado de graça das crianças e dos selvagens.
Os princípios deste movimento artístico eram:
• Criar, em arte, não tem relação com o intelecto e nem com sentimentos.
• Criar é seguir os impulsos do instinto, as sensações primárias.
• A cor pura deve ser exaltada.
• As linhas e as cores devem nascer impulsivamente e traduzir as sensações elementares, no mesmo estado de graça das crianças e dos selvagens.
Características
da pintura:
• Pincelada violente, espontânea e definitiva;
• Ausência de ar livre;
• Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não correspondendo à realidade;
• Uso exclusivo das cores puras, como saem das bisnagas;
• Pintura por manchas largas, formando grandes planos;
• Pincelada violente, espontânea e definitiva;
• Ausência de ar livre;
• Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não correspondendo à realidade;
• Uso exclusivo das cores puras, como saem das bisnagas;
• Pintura por manchas largas, formando grandes planos;
Henri
Matisse
Matisse
nasceu no interior da França, desde pequeno era interessado em arte, e se
tornou um dos maiores e mais influentes pintores de Paris, com suas pinturas
esculturas e obras gráficas.
Em
1907, Henri Matisse e Pablo Picasso se tornaram amigos, ainda hoje os nomes
deles estão ligados, juntos os dois artistas mudaram a cara da arte do século
XX. Matisse jamais foi um impressionista ou cubista, apenas admirava os
movimentos e fazia experiências, porém o artista criou um estilo próprio.
Em
1904, se inspirou por ideias anarquistas que seu amigo Paul Signac lhe mostrou.
Principalmente pela ideia do futuro utópico, de liberdade e beleza. Nada de
destruição da ordem social. Nos anos 50, comunistas franceses prometeram
transformar uma capela decorada por Matisse em um salão de dança. Matisse era
ateu. Ele fez a decoração da capela por puro prazer.